
SANTIAGO DE COMPOSTELA, ESPANHA
Um dos destinos de peregrinação cristã mais importantes do mundo! Os Caminhos de Santiago afluem de toda a Europa e chegam até Santiago de Compostela, onde na belíssima catedral barroca encontra-se o sepulcro com as relíquias do apóstolo Santiago Maior.
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No oitavo dia em Portugal, continuamos no Porto e reservamos um tour de um dia para conhecer Santiago de Compostela na Espanha. Como nossos pais gostam do turismo religioso, de conhecer igrejas, santuários e toda a história, achamos esse tour no site viator e colocamos no roteiro. Eles adoraram!
Santiago de Compostela fica localizada no noroeste de Espanha e é capital da comunidade autônoma da Galiza. É uma cidade internacionalmente famosa como um dos destinos de peregrinação cristã mais importantes do mundo, cuja popularidade possivelmente só é superada por Roma e Jerusalém. A origem do seu nome é um tema controverso com muitas versões. Uma das mais divulgadas, e a que nos apresentaram no tour, é a de que Compostela é uma derivação do latim Campus Stellae ("campo da estrela"), que evoca a estrela que indicou milagrosamente ao bispo Teodomiro a localização do túmulo de Santiago – o apóstolo Tiago. De fato a fundação da cidade está ligada à alegada descoberta dos restos mortais do apóstolo, ocorrida em 812 ou 813 ou ainda, segundo outras versões ou estimativas, entre 820 e 835 ou entre 818 e 842.
A importância religiosa crescente fez com que a cidade desenvolve-se como destino de peregrinação. Afonso II das Astúrias, que na época estava empenhado em combater o perigo de secessão, ao saber da descoberta do corpo do apóstolo fez uma peregrinação ao local (segundo a tradição, foi ele o primeiro peregrino de Santiago) e ali construiu a suas expensas uma igreja e uma comunidade religiosa, a qual concede privilégios gozando de prerrogativas reais. Com isto, o rei asturiano consegue encontrar um padroeiro para a sua causa contra os muçulmanos, um Santiago cavaleiro e "mata-mouros", e ao mesmo tempo passa a ter uma cidade fiel. Santiago torna-se assim o braço estendido do monarca asturiano na Galiza.
A notícia da descoberta do túmulo do apóstolo espalhou-se tanto no reino como fora dele, fazendo com que Compostela se tornasse um novo lugar de peregrinação da cristandade, numa altura em que a importância de Roma decaíra e Jerusalém estava inacessível por estar nas mãos dos muçulmanos. A catedral de Santiago de fachada barroca, alberga o túmulo de Santiago Maior, e a visita a esse túmulo marca o fim da peregrinação, cujos percursos, os chamados Caminhos de Santiago ou Via Láctea, que se estendem por toda a Europa Ocidental ao longo de milhares de quilômetros. O santuário foi também ganhando importância política, onde ali foram coroados alguns monarcas dos reinos da Galiza e de Leão.
O QUE VISITAR:

CAMINHO DE SANTIAGO
Desde o século IX, percursos peregrinos dos Caminhos de Santiago afluem de toda a Europa até Santiago de Compostela para venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela. A peregrinação foi uma das mais concorridas da Europa medieval, cuja importância só era superada pela Via Francigena (com destino a Roma) e Jerusalém, sendo concedida indulgência plena a quem a fizesse. A regra para ganhar a Compostela é completar pelo menos 100 km (a pé) ou 200 km (de bicicleta/a cavalo) (os caminhos mais longos chegam a até 800 km de distância).
As organizações oficiais identificam 13 opções possíveis de percurso e de modo geral os caminhos encontram-se sinalizados por setas de cor amarela, no chão, muros, pedras, postes, árvores, estradas, marcos de granito ou concreto, e outros. Como regra, passam sempre em frente à igreja mais importante ou mais antiga da cidade.

PLAZA DEL OBRADOIRO
Saímos do Porto as 7:30 e após 2:30h começamos a nossa caminhada pela Rua do Vilar, uma das mais charmosas de Santiago de Compostela repleta de hospedagens, restaurantes e lojas de souvenir; até chegamos na Plaza del Obradoiro, que é o coração da cidade e onde fica o Marco Zero de todos os caminhos de Santiago - onde os peregrinos concluem a sua jornada. Esta praça resume a história milenar da cidade e é nela que se encontram os edifícios mais emblemáticos que representam os principais polos da vida na capital galega: religião, educação universitária, atenção ao peregrino e ao viajante, e a Administração. O nome galego remete às oficinas de pedreiro que trabalharam na construção da fachada da Catedral, que fica voltada para a praça e acolhe todos os visitantes e peregrinos.

SANTUÁRIO
O Santuário de Compostela é a obra românica mais conhecida da Espanha e foi construída entre 1075 e 1128, em estilo românico, na época das cruzadas e durante a Reconquista Cristã, tendo sofrido depois várias reformas que lhe adicionaram elementos góticos, renascentistas e barrocos. Em seus 8.000 metros quadrados, guarda muitos tesouros e um rico patrimônio histórico-artístico.
A fachada do Obradoiro construída no estilo barroco em 1738 é, sem dúvida, uma das principais marcas do templo. Entre as Torres de las Campanas (à direita) e da Carraca (à esquerda), de 76 metros de altura, no corpo central está a figura de um Santiago peregrino sobre uma arca que representa seu sepulcro.

As outras entradas para a catedral são: a Azabachería, situada ao norte, a de Platerías, ao sul, que conserva o portal mais antigo da catedral e se destaca os tímpanos de seus dois arcos de entrada, com cenas da Paixão e da tentação de Cristo; a Puerta Real ou de Quintana, considerada como uma das primeiras mostras do barroco compostelano; e, finalmente, a Porta Santa, uma simples porta de 1611, que se abre apenas nos anos jubilares. Em frente à fachada norte da catedral, fica o Monastério e a Igreja de San Martinho Pinario e os jardins que constituem a Praça da Imaculada.



Outros elementos no exterior do templo são: a Torre do Relógio ou Berengária (barroca); a abóbada gótica que abrange o cruzeiro (que substituiu o românico anterior); o claustro, construído em 1521, e as torres da Coroa e do Tesouro sobre os ângulos situados ao sul do cruzeiro. No interior, destaque para o Botafumeiro, maior incensário do mundo, feito de latão banhado a prata, que pesa 62 kg vazio e mede 1,60 m de altura e o Pórtico da Glória. Esculpido por Mestre Mateo no século XII, e uma das obras-primas de esculturas medievais europeias, é composto por um conjunto de três arcos esculpidos cuidadosamente com mais de 200 figuras realistas de granito, que transmitem uma mensagem teológica centrada na Salvação do Homem. Segundo a tradição, o peregrino deve introduzir os dedos de sua mão direita em um buraco e bater com a cabeça no Santo dos Croques. Em seguida, deverá subir ao camarim do Altar Maior para abraçar o apóstolo e baixar até a cripta para rezar um Credo em seu túmulo. Se for Ano Santo e o peregrino se confessar e comungar, ele terá ganho o jubileu.
Como sucede nas igrejas de peregrinação, da cabeceira da nave principal se abrem inúmeras capelas. As que se destacam são a do Salvador (a mais antiga de todas, é românica e está coberta por uma abóbada) e a de Pilar (barroca). A Capela maior, românica em sua origem, mas coberta por barroco, contém no seu centro o mausoléu do apóstolo, conhecido como o camarín. Outras capelas interessantes são: a da Corticela, no cruzeiro norte, que era oratório e igreja independente até o século XVI; a da Comunhão (neoclássico); a das Relíquias (onde se situa o Panteão Real) e a grande Sala Capitular.



Voltando para a Plaza del Obradoiro, conhecemos outros edifícios históricos: o Hospital dos Reis Católicos (hoje um hotel de luxo, mas que já foi albergue de peregrinos); o Colégio de San Xerome, sede da reitoria da universidade, e o Palácio de Raxoi, sede do governo galego (Junta da Galiza) e do município compostelano. Visitamos o Convento de San Francisco de Valdediós, fundado por San Francisco de Assis durante a sua visita a Santiago de Compostela em 1214. O atual templo barroco foi construído entre 1742 e 1749, sendo que do edifício original, estão preservados apenas cinco arcos góticos. Na Praça Mazarelos, passamos pelo Arco de Mazarelos, o único arco “sobrevivente” da antiga muralha da cidade.

VALENÇA DO MINHO
Após o almoço regressamos ao Porto, mas antes, na fronteira com a Espanha paramos em Valença do Minho, uma cidade cercada por muralhas que apresenta todos os traços característicos de uma vila fortificada no século XVII ao estilo do arquitetônico militar francês Vauban. Foi construída sobre uma sobre uma pequena colina, como era o costume nas cidades medievais (para facilitar sua defesa). O seu primeiro nome era "Contrasta", que se referia a uma aldeia situada em frente a outra e era claramente uma referência à sua posição diretamente do outro lado do rio Minho em relação à cidade galega de Tuy.


Esperamos que tenham gostado das dicas!
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Até a próxima! Beijos!


