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PORTUGAL - SINTRA: Tour de 01 dia a Sintra, Cabo da Roca e Cascais

Um dos destinos históricos mais importantes de Portugal, Sintra é uma vila charmosa localizada no sopé da Serra de Sintra. A paisagem que a rodeia, os castelos, palácios e museus realçam sua personalidade encantadora.



Irmãs pelo Mundo, outubro de 2022.


Em outubro de 2022 nossos pais embarcaram para Portugal em uma viagem de 10 dias e visitaram algumas cidades entre Lisboa e Porto. Estamos compartilhando o roteiro completíssimo com todas as informações necessárias para ajudar você a programar a sua viagem inesquecível à terra dos nossos colonizadores. Falaremos nessa publicação sobre o day tour para Sintra, antiga residência de verão de monarcas e nobres portugueses que, em 1995 foi declarada pela UNESCO Patrimônio da Humanidade. Se quiser saber mais sobre as demais cidades visitadas é só clicar nos links abaixo:


Lisboa: a cidade das sete colinas – clique aqui para ler

Lisboa: Belém, o bairro que revive o auge do império Portugues na era dos descobrimentos - clique aqui para ler

Évora: tour de 01 dia em uma das cidades mais antigas da Europa – clique aqui para ler

Fatima: tour de 01 dia em Fátima, Nazaré e Óbidos – clique aqui para ler

Porto: a cidade que dá nome ao país (e ao vinho) – clique aqui para ler

Douro: tour de 01 dia pela região vinícola mais famosa de Portugal – clique aqui para ler

Espanha: Santiago de Compostela, tour de 01 dia saindo de Porto – clique aqui para ler

Braga e Guimarães: a capital do turismo religioso de Portugal e o berço de Portugal – clique aqui para ler


As informações de Portugal, quando ir, onde se hospedar (nossas experiências), gastronomia e como se locomover estão no link: PORTUGAL – O berço dos grandes descobrimentos – clique aqui para ler

 

Compramos o ingresso pelo site Get Your Guide. Para reservar clique aqui. Começamos o passeio percorrendo a costa de Estoril, admirando a Riviera Portuguesa até chegar na Vila de Cascais. Seguimos até o Cabo Da Roca, o ponto mais ocidental da Europa Continental, descrito por Camões como o local “Onde a terra se acaba e o mar começa”, para então chegarmos em Sintra, uma vila portuguesa de arquitetura romântica que encanta em cada detalhe.


Conhecendo o ponto mais ocidental da Europa: o Cabo da Roca. Pensa no ventoo!
 

SINTRA

Sintra é uma vila portuguesa no distrito e área metropolitana de Lisboa, integrando a sua parte norte (Grande Lisboa), subdividida em 11 freguesias. Entre os seus núcleos de maior importância encontram-se, além da própria vila de Sintra, as cidades de Queluz e Agualva-Cacém. A origem do nome veio de um templo erguido uns 308 anos antes de Cristo, por Gregos, Galo-celtas e Túrdulos, dedicado à Lua. Os Celtas chamavam a Lua de 'Cynthia' e quando os Árabes dominaram a região, por não pronunciar o 's', chamavam o local de 'Chintra' ou 'Zintira'.


A Vila de Sintra é notável pela presença da sua arquitetura romântica, classificada como Paisagem Cultural de Sintra e Patrimônio Mundial da UNESCO. A vila tem recusado ser elevada à categoria de cidade, apesar de ser sede do segundo município mais populoso em Portugal.


A charmosinha Vila de Sintra

Podemos encontrar em Sintra testemunhos de praticamente todas as épocas da história portuguesa. Os mais antigos vão do período Neolítico à Idade do Bronze. Ao tempo do Império Romano toda a região se inscreveu no vasto territorium da civitas olisiponense, à qual César cerca de 49 a.C. ou, mais provavelmente, Otaviano cerca de 30 a.C., concedeu o invejável estatuto de Municipium Civium Romanorum. Os vários habitantes da região adotaram nomes romanos e apresentam-se plenamente imbuídos de romanidade, nos mais diversos aspectos culturais, políticos e econômicos.


Após a invasão muçulmana do século VIII, a região foi ocupada pelos árabes, e a povoação recebeu o nome de as-Shantara. O Castelo dos Mouros foi construído entre o século VIII e o IX, para controlar estrategicamente as vias terrestres que ligavam Sintra a Mafra, Cascais e Lisboa. Foi durante o domínio muçulmano que surgiram os primeiros textos que referem explicitamente a Vila de Sintra (Xintara ou Shantara em árabe).


Castelo dos Mouros - foto: divulgação

A Vila de Sintra e o seu Castelo foram durante a Reconquista, no século XI, várias vezes assolados pelos exércitos cristãos. O rei Afonso VI de Leão tomou posse da cidade e do castelo de Sintra entre 30 de Abril e 8 de Maio de 1093; em 1095 a vila voltou ao domínio muçulmano até se entregar voluntária e definitivamente em 1147 à D. Afonso Henriques (Afonso I de Portugal), que logo funda a igreja de São Pedro de Canaferrim. Após a Reconquista e durante a fase de estruturação do poder régio que se prolonga até ao reinado de D. Dinis (1279-1325), Sintra soube assimilar, no âmbito de uma tradição secular, cristãos e mouros.


Durante a crise dinástica de 1383-1385, Sintra tomou o partido de D. Leonor Teles, que pelo reino ordenou a proclamação da filha D. Beatriz, casada com D. João I de Castela, como rainha de Portugal e de Castela. Depois da derrota do exército castelhano em Aljubarrota (Agosto de 1385) pelos portugueses e ingleses, Sintra foi dos lugares que logo se entregaram sem luta a D. João I, regente desde 1383 e, a partir de Abril de 1385, rei de Portugal.


Na transição do século XV para o século XVI, D. Manuel I (1495-1521) transforma e enriquece a Vila. Data deste período a construção do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena (1511), no pico mais alto da serra, entregue à Ordem de São Jerónimo – o atual Palácio da Pena, famoso pela arquitetura romântica e localizado 500m acima do nível do mar. Nesse tour a visita ao Palácio da Pena era opicional, e não conseguimos entrar por conta da fila que estava gigante.


Uma subida longa para chegar no palácio
Foto: divulgação

Durante o reinado de Felipe II, a importância que Sintra tivera durante séculos se “transfere” para Vila Viçosa, a cidade principal da Casa de Bragança, cujos duques, descendentes de D. João I, se consideram os herdeiros do trono português. Em 1639, com a conjuntura da Restauração e guerras com Castela, a vila é afastada dos circuitos régios e aristocráticos.


O terremoto de 1755 causou na Vila de Sintra estragos e numerosos mortos. As obras de restauro iniciaram na segunda metade do século XVIII e no final do século XVIII e praticamente todo o século XIX o espírito romântico dos viajantes estrangeiros e da aristocracia portuguesa redescobrem a magia de Sintra e dos seus lugares, mas sobretudo o exotismo da sua paisagem e do seu clima. As grandes festas e celebrações voltaram a acontecer com magnificência no Palácio de Queluz, um dos últimos edifícios rococó erguidos na Europa, chamado "o Versalhes português". Até 1747 era um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, mais tarde rei consorte da rainha D. Maria I de Portugal. A visita ao palácio não estava no roteiro do nosso tour.


Palácio Queluz - foto: divulgação

Em 1838 o rei consorte D. Fernando II compra o Mosteiro da Pena e uma vasta área adjacente para substituir o Palácio da Vila enquanto estância de veraneio da Corte, e autoriza a construção do arco no Palácio de Seteais do Marquês de Marialva, para comemorar em 1802 a visita dos Príncipes do Brasil, D. João e D. Carlota Joaquina e a visita do rei absolutista D. Miguel em 1830. A ainda princesa D. Carlota Joaquina, mulher do regente D. João, compra, no século XIX, a Quinta e o Palácio do Ramalhão, e entre 1791 e 1793 Gerard Devisme constrói na sua extensa Quinta de Monserrate um palacete neo-gótico.


Palácio de Seteais, hoje um hotel da rede Tivoli - foto: divulgação

Em 1854 é celebrado o primeiro contrato para a construção de um caminho de ferro que ligasse a Vila a Lisboa. No início do século XX, Sintra foi um reconhecido lugar de veraneio e residência de aristocratas e de milionários, dentre eles Carvalho Monteiro detentor de uma considerável fortuna que lhe valeu a alcunha de "Monteiro dos Milhões". Este construiu na quinta que comprara à baronesa da Regaleira, um luxuoso palacete cuja arquitetura neo-manuelina representa um marco na história do revivalismo português.


Um conto de fadas na Quinta da Regaleira
Arquitetura belíssima

O Palácio da Regaleira, também designado Palácio do Monteiro dos Milhões, ou Quinta da Regaleira é rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz. Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias. Conservador, monárquico e cristão gnóstico, Carvalho Monteiro quis ressuscitar o passado mais glorioso de Portugal (daí a predominância do estilo neomanuelino com a sua ligação aos descobrimentos).



O bosque, ou mata, que ocupa a maioria do espaço da Quinta, não está disposto ao acaso: começa mais ordenado e cuidado na parte mais baixa da quinta mas torna-se progressivamente mais selvagem até chegarmos ao topo. Esta disposição reflete a crença de Carvalho Monteiro no primitivismo. O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro para os jardins da Regaleira.


Jardim da Quinta da Regaleira

O Poço Iniciático é uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral constituída por nove patamares separados por lances de 15 degraus cada um, que invocam referências à Divina Comédia de Dante, e podem representar os 9 círculos do Inferno, do Paraíso, ou do Purgatório. Segundo ocultistas é na obra A Divina Comédia que se encontra pela primeira vez exposta a Ordem Rosa-cruz. No fundo do poço está embutida, em mármore, uma rosa dos ventos sobre uma cruz templaria, que é o emblema heráldico de Carvalho Monteiro e, simultaneamente, indicativo da Ordem Rosa-cruz.



O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrada na obra Conceito Rosa-cruz do Cosmos. A existência de 23 nichos localizados por debaixo dos degraus representava um dos muitos mistérios da referida construção. Galerias ou túneis ligam o poço a outros pontos da Quinta, a Entrada dos Guardiães, o Lago da Cascata e o Poço Imperfeito.



A Capela da Santíssima Trindade é composta por uma magnífica fachada no estilo gótico e manuelino, onde nela estão representados Santa Teresa d'Ávila e Santo Antônio. A Torre da Regaleira, foi construída para dar a quem a sobe a ilusão de se encontrar no eixo do mundo e o Palácio é o edifício principal da Quinta, marcado pela presença de uma torre octogonal. Toda a exuberante decoração esteve a cargo do escultor José da Fonseca.


Capela da Santíssima Trindade
 

CASCAIS E ESTORIL


A freguesia de Estoril, uma antiga aldeia de pescadores é hoje um centro turístico importante, desenvolvido à volta do Cassino, um dos mais famosos da Europa. A região serviu de moradia de veraneio para a realeza portuguesa e muitas das famílias mais abastadas do país, e ainda é possível ver palacetes, casarões e estâncias por ali. Faz parte da história portuguesa, tendo sido refúgio de escritores, políticos, artistas, negociantes e muitos judeus perseguidos pelo III Reich. Pertence à cidade de Cascais.


Estoril - foto: divulgação

Três km de Estoril e situada frente a uma baía, Cascais também é uma antiga vila de pescadores que, com o tempo, se converteu numa das localidades turísticas mais importantes de Portugal, já que entre 1870 e 1910, os monarcas lusitanos passavam o verão. São testemunhas desta presença os enormes palacetes e construções históricas do século XVII, que dominam a colina como: Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Igreja dos Navegantes e o Palácio dos Duques de Palmela. A natureza também contribui para o encanto da cidade numa espetacular formação conhecida como Bocas do Inferno.


A presença humana no atual território do município de Cascais dá-se pela primeira vez na pré-história, em cerca de 2000 a.C., sendo os mais importantes sítios arqueológicos do município são as grutas artificiais de Alapraia e de São Pedro do Estoril, datadas da transição do Neolítico Final para o Calcolítico. Deste período até à invasão romana, pouco é conhecido.



A época romana evidencia uma exploração intensiva do território e da própria Cascale. Ainda há ruínas das cetárias romanas existentes na rua Marques Leal Pancada (descobertas em 1992, ligadas à indústria romana de salga e transformação de pescado e derivados), e alguns dos principais achados da época, são moedas atribuídas a vários imperadores, desde Constâncio II (r. 337–361) a Arcádio (r. 395–408).


A região passou por ocupação visigótica e árabe, e em 1147 integrou-se no Reino de Portugal, o que favoreceu o povoamento do território e desenvolvendo o comércio marítimo. O crescimento progressivo da aldeia a fez ser referenciada em 1282 por D. Dinis, e o porto de Cascais transformara-se numa importante via de escoamento da produção agrícola de Sintra para Lisboa, bem como numa importante base de abastecimento de pescado para Lisboa. Estes os fatores levaram Cascais à categoria de vila em 1364, tornando-se independente em 1514, data em que é provida de um foral próprio.


Foto: divulgação

Cascais e o seu porto, ao longo da expansão marítima do século XV, era uma escala obrigatória para todos os movimentos marítimos com destino a Lisboa. Foi na baía de Cascais que desembarcou no regresso da sua primeira viagem à América Cristóvão Colombo, na manhã de 4 de Março de 1493. No mesmo local, perdido dos outros navios da esquadra de torna-viagem, desembarcou Nicolau Coelho a 10 de Julho de 1499, chegando ao Palácio de Sintra com a boa notícia da chegada à Índia. Luís Vaz de Camões desembarcou em Cascais vindo do Oriente a 7 de Abril de 1570, por haver peste em Lisboa.


Na madrugada de 30 de Julho de 1580, o exército espanhol, comandado pelo Duque de Alba, atacou Cascais com o objetivo de prosseguir para a capital de modo a colocar D. Filipe II no trono de Portugal. A fortaleza da vila foi tomada no dia seguinte. Posteriormente, em 1587, a vila é novamente atacada a comando de Sir Francis Drake, mas a esquadra inglesa não consegue desembarcar na vila. Em 1589, os ingleses consegue tomar Cascais, que é saqueada violentamente e incendiada.



O Rei D. Filipe I de Portugal, consciente das deficiências defensivas na zona, empreende uma estratégia de fortificação da costa. Datam de então as principais estruturas defensivas da costa, como a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz. E em 1640, após a Restauração da Independência nacional, foi levado a cabo um reforço nas fortificações: os Fortes de São Jorge de Oitavos e de Santa Marta, hoje musealizados, são importantes exemplos deste conjunto de edificações.


Cascais passou por um período de decadência até que a prática do banho de mar virou moda e levou a região à popularidade novamente. Porém a verdadeira razão das descobertas das praias de banho, foi a reconstrução das estradas para Oeiras (entre 1859 e 1864) e para Sintra. A obra da estrada entre Cascais e Oeiras, foi fundamental no desenvolvimento das comunicações entre a Foz do Rio Tejo e a capital, Lisboa, e levou Cascais a se torna rapidamente um destino de cariz elitista.


Cascais - foto: divulgação

A Família Real estabelece a sua presença em Cascais a partir de 1870, e a sua presença sazonal impulsionou o projeto de ligação à capital através do caminho de ferro. A chegada e eletrificação do caminho de ferro em 1926 foi transcendental para o progresso do município, sendo o principal fator para a sua urbanização a partir de 1930. Desde então, cresce até se afirmar como um dos principais subúrbios de Lisboa e um dos principais destinos turísticos do país.

 
Nosso grupo e guia

Voltamos para Lisboa e no dia seguinte visitamos o bairro Belém para provar os famosos pasteis de nata. Clique aqui para continuar essa viagem com a gente.

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