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ESPANHA - SANTIAGO DE COMPOSTELA: Tour de 01 dia saindo do Porto

Um dos destinos de peregrinação cristã mais importantes do mundo! Os Caminhos de Santiago afluem de toda a Europa e chegam até Santiago de Compostela, onde na belíssima catedral barroca encontra-se o sepulcro com as relíquias do apóstolo Santiago Maior.



Por Irmãs pelo Mundo, outubro de 2022.


No oitavo dia em Portugal, continuamos no Porto e reservamos um tour de um dia para conhecer Santiago de Compostela na Espanha. Como nossos pais gostam do turismo religioso, de conhecer igrejas, santuários e toda a história, achamos esse tour no site viator e colocamos no roteiro. Eles adoraram! Para reservar o tour clique aqui.


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Santiago de Compostela fica localizada no noroeste de Espanha e é capital da comunidade autônoma da Galiza. É uma cidade internacionalmente famosa como um dos destinos de peregrinação cristã mais importantes do mundo, cuja popularidade possivelmente só é superada por Roma e Jerusalém. A origem do seu nome é um tema controverso com muitas versões. Uma das mais divulgadas, e a que nos apresentaram no tour, é a de que Compostela é uma derivação do latim Campus Stellae ("campo da estrela"), que evoca a estrela que indicou milagrosamente ao bispo Teodomiro a localização do túmulo de Santiago – o apóstolo Tiago.


Santiago de Compostela - arquivo irmãs pelo mundo

De fato a fundação da cidade está ligada à alegada descoberta dos restos mortais do apóstolo, ocorrida em 812 ou 813 ou ainda, segundo outras versões ou estimativas, entre 820 e 835 ou entre 818 e 842. A importância religiosa crescente fez com que a cidade desenvolve-se como destino de peregrinação. Afonso II das Astúrias, que na época estava empenhado em combater o perigo de secessão, ao saber da descoberta do corpo do apóstolo fez uma peregrinação ao local (segundo a tradição, foi ele o primeiro peregrino de Santiago) e ali construiu a suas expensas uma igreja e uma comunidade religiosa, a qual concede privilégios gozando de prerrogativas reais. Com isto, o rei asturiano consegue encontrar um padroeiro para a sua causa contra os muçulmanos, um Santiago cavaleiro e "mata-mouros", e ao mesmo tempo passa a ter uma cidade fiel. Santiago torna-se assim o braço estendido do monarca asturiano na Galiza.



A notícia da descoberta do túmulo do apóstolo espalhou-se tanto no reino como fora dele, fazendo com que Compostela se tornasse um novo lugar de peregrinação da cristandade, numa altura em que a importância de Roma decaíra e Jerusalém estava inacessível por estar nas mãos dos muçulmanos. A catedral de Santiago de fachada barroca, alberga o túmulo de Santiago Maior, e a visita a esse túmulo marca o fim da peregrinação, cujos percursos, os chamados Caminhos de Santiago ou Via Láctea, que se estendem por toda a Europa Ocidental ao longo de milhares de quilômetros. O santuário foi também ganhando importância política, onde ali foram coroados alguns monarcas dos reinos da Galiza e de Leão.


Desde o século IX, percursos peregrinos dos Caminhos de Santiago afluem de toda a Europa até Santiago de Compostela para venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela. A peregrinação foi uma das mais concorridas da Europa medieval, cuja importância só era superada pela Via Francigena (com destino a Roma) e Jerusalém, sendo concedida indulgência plena a quem a fizesse. A regra para ganhar a Compostela é completar pelo menos 100 km (a pé) ou 200 km (de bicicleta/a cavalo) (os caminhos mais longos chegam a até 800 km de distância).



As organizações oficiais identificam 13 opções possíveis de percurso e de modo geral os caminhos encontram-se sinalizados por setas de cor amarela, no chão, muros, pedras, postes, árvores, estradas, marcos de granito ou concreto, e outros. Como regra, passam sempre em frente à igreja mais importante ou mais antiga da cidade.


Caminhos de Santiago - foto: divulgação

Em 2016 o Cabildo da Catedral de Santiago de Compostela divulgou um comunicado referente à emissão do Certificado aos peregrinos do Caminho Inglês, que inicia em La Coruña, distante apenas 80 quilômetros de Compostela; autorizando os peregrinos a completarem os 20 quilômetros restantes para alcançar os 100km da regra, em seu país ou região de origem mediante algum tipo de comprovação emitida pelas associações de amigos do Caminho de Santiago existentes em diferentes países do mundo. No Brasil o Caminho Brasileiro de Santiago de Compostela foi oficializado em 2017, e compreende um trecho de 21km em Florianópolis, entre Canasvieiras e Praia dos Ingleses.


Caminho de Santiago brasileiro - foto: divulgação

Saímos do Porto as 7:30 e após 2:30h começamos a nossa caminhada pela Rua do Vilar, uma das mais charmosas de Santiago de Compostela repleta de hospedagens, restaurantes e lojas de souvenir; até chegamos na Plaza del Obradoiro, que é o coração da cidade e onde fica o Marco Zero de todos os caminhos de Santiago - onde os peregrinos concluem a sua jornada. Esta praça resume a história milenar da cidade e é nela que se encontram os edifícios mais emblemáticos que representam os principais polos da vida na capital galega: religião, educação universitária, atenção ao peregrino e ao viajante, e a Administração. Uma volta de 360 graus permite reconhecer a presença de diferentes estilos arquitetônicos, surgidos em mais de 700 anos de construção.


Plaza del Obradoiro - arquivo irmãs pelo mundo

O nome galego remete às oficinas de pedreiro que trabalharam na construção da fachada da Catedral, que fica voltada para a praça e acolhe todos os visitantes e peregrinos. O Santuário de Compostela é a obra românica mais conhecida da Espanha e foi construída entre 1075 e 1128, em estilo românico, na época das cruzadas e durante a Reconquista Cristã, tendo sofrido depois várias reformas que lhe adicionaram elementos góticos, renascentistas e barrocos. Em seus 8.000 metros quadrados, guarda muitos tesouros e um rico patrimônio histórico-artístico.


Fachada Obradoiro - arquivo irmãs pelo mundo

A fachada do Obradoiro construída no estilo barroco em 1738 é, sem dúvida, uma das principais marcas do templo. Entre as Torres de las Campanas (à direita) e da Carraca (à esquerda), de 76 metros de altura, no corpo central está a figura de um Santiago peregrino sobre uma arca que representa seu sepulcro. As outras entradas para a catedral são: a Azabachería, situada ao norte, a de Platerías, ao sul, que conserva o portal mais antigo da catedral e se destaca os tímpanos de seus dois arcos de entrada, com cenas da Paixão e da tentação de Cristo; a Puerta Real ou de Quintana, considerada como uma das primeiras mostras do barroco compostelano; e, finalmente, a Porta Santa, uma simples porta de 1611, que se abre apenas nos anos jubilares. Em frente à fachada norte da catedral, fica o Monastério e a Igreja de San Martinho Pinario e os jardins que constituem a Praça da Imaculada.


Fachada Azabachería - arquivo irmãs pelo mundo
Mosteiro São Martinho Pinario - arquivo irmãs pelo mundo

Outros elementos no exterior do templo são: a Torre do Relógio ou Berengária (barroca); a abóbada gótica que abrange o cruzeiro (que substituiu o românico anterior); o claustro, construído em 1521, e as torres da Coroa e do Tesouro sobre os ângulos situados ao sul do cruzeiro. No interior, destaque para o Botafumeiro, maior incensário do mundo, feito de latão banhado a prata, que pesa 62 kg vazio e mede 1,60 m de altura e o Pórtico da Glória. Esculpido por Mestre Mateo no século XII, e uma das obras-primas de esculturas medievais europeias, é composto por um conjunto de três arcos esculpidos cuidadosamente com mais de 200 figuras realistas de granito, que transmitem uma mensagem teológica centrada na Salvação do Homem. Segundo a tradição, o peregrino deve introduzir os dedos de sua mão direita em um buraco e bater com a cabeça no Santo dos Croques. Em seguida, deverá subir ao camarim do Altar Maior para abraçar o apóstolo e baixar até a cripta para rezar um Credo em seu túmulo. Se for Ano Santo e o peregrino se confessar e comungar, ele terá ganho o jubileu.


Como sucede nas igrejas de peregrinação, da cabeceira da nave principal se abrem inúmeras capelas. As que se destacam são a do Salvador (a mais antiga de todas, é românica e está coberta por uma abóbada) e a de Pilar (barroca). A Capela maior, românica em sua origem, mas coberta por barroco, contém no seu centro o mausoléu do apóstolo, conhecido como o camarín. Outras capelas interessantes são: a da Corticela, no cruzeiro norte, que era oratório e igreja independente até o século XVI; a da Comunhão (neoclássico); a das Relíquias (onde se situa o Panteão Real) e a grande Sala Capitular.


Altar maior da Catedral de Santiago de Compostela - arquivo irmãs pelo mundo

Voltando para a Plaza del Obradoiro, conhecemos outros edifícios históricos: o Hospital dos Reis Católicos (hoje um hotel de luxo, mas que já foi albergue de peregrinos); o Colégio de San Xerome, sede da reitoria da universidade, e o Palácio de Raxoi, sede do governo galego (Junta da Galiza) e do município compostelano. Visitamos o Convento de San Francisco de Valdediós, fundado por San Francisco de Assis durante a sua visita a Santiago de Compostela em 1214. O atual templo barroco foi construído entre 1742 e 1749, sendo que do edifício original, estão preservados apenas cinco arcos góticos. Na Praça Mazarelos, passamos pelo Arco de Mazarelos, o único arco “sobrevivente” da antiga muralha da cidade.


Arco de Mazarelos - foto: divulgação

Após o almoço regressamos ao Porto, mas antes, na fronteira com a Espanha paramos em Valença do Minho, uma cidade cercada por muralhas que apresenta todos os traços característicos de uma vila fortificada no século XVII ao estilo do arquitetônico militar francês Vauban. Foi construída sobre uma sobre uma pequena colina, como era o costume nas cidades medievais (para facilitar sua defesa). O seu primeiro nome era "Contrasta", que se referia a uma aldeia situada em frente a outra e era claramente uma referência à sua posição diretamente do outro lado do rio Minho em relação à cidade galega de Tuy.



A chegada dos celtas a Valença do Minho teria ocorrido por volta do século VI a. C. Séculos mais tarde o Cônsul Romano Décimo Júnio Bruto montou um acampamento no local e durante o império de Augusto, começam a definir-se pequenas fortalezas na região, uma vez que esta era uma importante via de comunicação que necessitava ser protegida. Depois dos romanos, vieram os suevos e mais tarde os godos. Os povos muçulmanos chegaram no ano de 716 e dominaram a região por 30 anos. Após a Guerra da Reconquista, a rivalidade com Afonso IX reacende e D. Sancho I ordena que sejam construídos os primeiros muros da ainda inexistente. No reinado de D. Afonso II, a região é completamente arrasada por Leão, e, como resposta, o rei português manda que seja repovoada. No século XIII, o nome da cidade passa a ser Valença do Minho (“A Valente”).



Esses sucessivos conflitos em que Valença do Minho esteve envolvida justificaram a necessidade de criar pequenas fortificações. Na nossa visita conhecemos a fortaleza localizada estrategicamente junto da fronteira espanhola, lembrança dos tempos em que as coroas dos países se estranhavam. É uma das principais fortificações militares da Europa, com cerca de 5 km de perímetro amuralhado e só ficou formalmente concluída em 1713.



Mais um tour e um dia muito bem aproveitado com muita história e belezas. Recomendamos. Esse foi nosso penúltimo passeio em Portugal. Clique aqui para conferir como foi nosso último dia nas terras de nossos colonizadores.

 

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