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SUÍÇA – ZURIQUE: A maior cidade da Suíça.

Uma das cidades com melhor qualidade de vida do mundo, Zurique é uma mistura de metrópole cosmopolita com cidade antiga bem preservada.



Por Irmãs Pelo Mundo, janeiro 2024.

 

Construída ao longo do rio Limmat e localizada aos pés dos Alpes Suíços, Zurique é a maior cidade da Suíça e ao contrário do que muitos pensam, não é a capital do país – Berna é a Capital e Zurique é o centro econômico suíço. Vivem em Zurique cerca 428.000 pessoas e cerca de 30% da população da cidade é imigrante de mais de 170 nacionalidades diferentes.

 

Zurique é a cidade Suíça que mais recebe brasileiros e é extremamente organizada para o turismo, sendo uma das cidades europeias mais agradáveis para caminhadas, além de ter um sistema de transporte público impecável. Apesar da língua oficial ser o alemão e as placas estarem todas nesta língua – cheia de palavras longas e complicadas, a maioria dos locais fala inglês.

 

Vista da cidade na Colina Lindenhof - arquivo irmãs pelo mundo

Comparada à Lucerna, Zurique tem um pouco mais de vida. Contrastando o histórico, muitos museus, galerias, restaurantes, noite agitada e bairros modernas. Os estabelecimentos ficam abertos até mais tarde e há muito mais opção de bares, pubs, restaurantes, etc. 

 

:: ONDE SE HOSPEDAR ::

 

Zurique tem 12 distritos. A cidade antiga (old town) é a parte mais famosa, mais movimentada e mais turística. Recomenda-se hospedagem nesta região, que é a número 1 se estiver indo a Zurique pela primeira vez.

 

Europe Boulevard é uma área nova em Zurich que reúne cultura, shopping, lifestyle e trabalho também. Começaram a repaginar esse “bairro” e construir novos espaços em 2009, porém a região ainda tem os resquícios da sua época “underground”. Já a West Zurich: era uma área industrial repaginada em 1996.

 

Nossa escolha foi o Hotel Felix, que fica localizado na Old Town, uma região que preserva ainda um ambiente que remete ao período medieval, e a poucos passos da Niederdorfstrasse, uma extensa e supermovimentada rua da Cidade Antiga, cheia de lojas, restaurantes e bares que fazem da área uma excelente opção de divertimento noturno.


Hotel Felix - arquivo irmãs pelo mundo
 

:: COMO SE LOCOMOVER ::

 

Diferente de Lucerna e algumas outras cidades, em Zurique, você não recebe um VisitorCard com acesso gratuito ao transporte público (bondinho) da cidade. Para utilizar o bondinho, você tem algumas opções: ter o Swiss Travel Card ou comprar os passes individuais ou combinados, que vão de 24 a 72h. Chamado Zurich Card, oferece uso gratuito ilimitado de transporte público, entrada gratuita (ou reduzida) em 40 museus, além de um passeio de barco pelo Lago de Zurique.

 

:: O QUE FAZER ::

 

Boa parte dos pontos turísticos importantes da maior cidade da Suíça está concentrado na região central. Aproveite a águas das fontes da cidade, elas são potáveis e ótimas para o consumo, ao todo, a cidade possui mais de 1.200 fontes.


Achamos um free tour pela cidade no site https://www.freewalk.ch/zurich/. Como visitamos Zurique no inverno, as ofertas de passeios estavam um pouco limitadas. Outra opção de free tour: https://www.guruwalk.com/es/walks/47270-free-tour-historico-de-zurich


Nosso tour foi agendado pelo site Free Walk - arquivo irmãs pelos mundo

Começamos visitando uma das quatro principais igrejas da cidade velha, a igreja Predigerkirche, que fica quase ao lado do hotel. Construída no sec. XIII possui uma das torres mais altas e imponentes da cidade sendo por isso conhecida como o edifício mais alto de Zurique.


Predigerkirche - arquivo irmãs pelo mundo

Caminhamos até chegar na rua Limmatquai (orla do rio), passamos pela bela e antiga construção em estilo barroco e renascentista que abriga a prefeitura de Zurique (Rathaus), e atravessamos a ponte para chegamos na Igreja St. Peter. Construída em meados do século 8, que ainda preserva paredes da fundação é sede do maior relógio em torre de todo o continente europeu.


Em frete a igreja está a Colina Lindenhof, que oferece uma vista linda da cidade e do Rio Limmat. No topo da colina fica a praça Lindenhofplatz, outro cantinho imperdível e queridinho pelos turistas que conta com vários barzinhos, restaurantes/cafés e lojinhas. Lindenhof foi palco de alguns acontecimentos importantes e guarda muito da história de Zurique, já que a área abrigou um Forte Romano, datado do século IV, e até hoje exibe uma série de prédios históricos e ruelas medievais de paralelepípedos. Próximo à colina está a rua Rennweg, que era a principal rua durante a idade média na cidade de Zurique e até hoje é uma das principais atrações do centro histórico.

 

Na praça Lindenhofplatz que fica na Colina Lindenhof - arquivo irmãs pelo mundo
Vista da cidade de Zurique na colina - arquivo irmãs pelo mundo

Continuamos a caminhada pela Rua Bahnhofstrasse, a rua da estação de trem com uma extensão de cerca de um quilômetro e meio e que faz a ligação do centro da cidade com o Lago de Zurique. Não deixe de parar na Confiserie Spüngli, uma das confeitarias mais tradicionais do país para provar os deliciosos luxemburgerli – mini macarons mais aerados e muito mais recheados do que os tradicionais docinhos franceses.

 

Seguindo pela Bahnhofstrasse visitamos a Igreja Fraumünster, que possui diversos vitrais charmosos, e atravessamos a ponte para encontramos a igreja Grossmünster, um dos cartões-postais de Zurique com suas duas torres gêmeas. A catedral teria sido fundada no ano de 1.100 por Carlos Magno, o qual, segundo uma lenda, teria descobertos os túmulos dos três santos padroeiros de Zurique no local. Aproveite e suba as escadarias até o topo, ainda que a subida seja árdua, a vista irá compensar o esforço.


Igreja Grossmünster - arquivo irmãs pelo mundo

Próximo está o píer da Bürkliplatz do Lago Zurique, considerado um dos principais lagos da Europa. Conhecido internacionalmente pelas suas águas calmas de tom verde esmeralda e pela belíssima paisagem com vista para os Alpes. É possível apreciar o cenário incrível através de um passeio de barco. As águas do Lago Zurique estão entre as mais limpas do mundo e, durante os meses de verão, elas ficam com uma temperatura convidativa para dar um mergulho

 

Do píer da Bürkliplatz saem tours de barco muito legais pelo Lago Zurique e região, além disso, a área oferece uma bela vista dos Alpes Suíços em dias claros. Um local perfeito para os que gostam de fotografar ou querem apenas relaxar por alguns instantes enquanto curtem uma bela vista.


A Sechseläutenplatz, é uma praça de nome difícil, mas com uma das atrações mais imponentes de Zurique, a Casa de Ópera de Zurique, que funciona desde o ano de 1891. Na praça estão os bustos de figuras culturais famosas na fachada. Mozart, Wagner, Schiller, Goethe, Shakespeare e Weber.

 

 

:: OUTRAS ATIVIDADES

 

O lado moderno de Zurique é conhecido como Zürich West. Antigo polo industrial, hoje tem um cenário propício para diversas manifestações artísticas. Desde grafites nas paredes, até um prédio formado por uma pilha de 15 contêineres, o bairro Zurich-West é ótimo para se experimentar comidas típicas, visitar lojas-conceito, conhecer muitos artistas independentes e ver muita gente descolada passando por lá.

 

A cidade possui uma grande quantidade de museus (mais de 150, incluindo as galerias de arte), como o Landesmuseum — o Museu Nacional com grande acervo sobre a história Suíça — e o Kunsthaus, que abriga obras de arte de artistas consagrados, como Van Gogh, Monet, Manet e Matisse. Por isso, procure saber se existe algum que chame a sua atenção ou desperte sua curiosidade e o inclua no seu roteiro.

 

No final do ano, visitar os Mercados de Natal da cidade, também é um passeio legal - arquivo irmãs pelo mundo

Para os amantes de futebol o Museu da FIFA é parada obrigatória. A exposição leva você de volta aos primeiros dias do futebol e documenta todas as Copas do Mundo desde a primeira vez em 1930. Inaugurado em 2016, o Museu da FIFA possui um layout bastante sofisticado e é interativo.

 

Para quem curte trilha, a montanha Uetliberg proporciona uma vista linda da cidade. Para chegar é necessário pegar um trem a partir da estação principal de Zurique que te leva para a entrada da trilha na montanha. O trajeto dura uns 20 minutinhos.

 

Se conseguir de uma passadinha na Schöber, que é um dos mais recomendados e falados cafés de Zurique. O local é cheio de charme, com um mobiliário do século XIX, e está em funcionamento desde 1842. A entrada da cafeteria não é muito chamativa e pode passar despercebida se você não souber o que está procurando. Uma vez na cafeteria Schöber, prove o chocolate quente, que é considerado o melhor do mundo, e peça um doce chamado tradicional da Suíça chamado apfelstrudel, que é uma massa folhada com um recheio cremoso de maçã por dentro.

 

 

:: BERNINA EXPRESS ::

 

O Bernina Express é um trem panorâmico que atravessa 140 km dos Alpes pela Ferrovia Rética, Patrimônio Cultural da UNESCO, passando por 55 túneis e 196 pontes, três lagos e geleiras. A linha atualmente com mais de cem anos de história, nasceu em 1881 com a proposta de implantar uma ferrovia que sobe pelos vales alpinos para conectar os principais centros destas zonas e potenciar a atividade turística.


Bernina Express durante o inverno - arquivo irmãs pelo mundo

A construção da linha começou em 1906 e terminou em 1910. A rota logo se tornou famosa por suas inclinações íngremes, cruzamentos de alta elevação, túneis que correm ao longo e ao longo de montanhas e viadutos, ou viadutos que cruzam vales e desníveis.

 

O diferencial do Bernina são as amplas janelas e as poltronas confortáveis - arquivo irmãs pelo mundo

Originalmente planejada apenas para viagens de verão, em 1913, a linha estendeu o serviço para os meses de inverno e tornou-se parte da Rhaetian Railways em 1943. Embora os trens convencionais também circulem na linha Bernina, o Bernina Express foi criado especificamente para turistas, com carruagens panorâmicas com grandes janelas.


Passamos por vários vilarejos lindos - arquivo irmãs pelo mundo
Durante o passeio há algumas paradas para contemplação - arquivo irmãs pelo mundo

O trem Bernina é um conjunto de 3 seções e essas rotas são acompanhadas por uma rota de ônibus, chamada Bernina Express Bus, que percorre a rota Tirano-Lugano e volta.

 

Chur – Tirano – Chur (operacional durante todo o ano, todos os dias)

Landquart – Davos Platz – Tirano – Landquart (operacional apenas no verão)

St. Moritz – Tirano – St. Moritz (operacional apenas no verão)


Nossa viagem começou em Chur e seguimos pelos vilarejos de Samedan e Potresina a 1774m do nível do mar. Passamos pelas estações de Morteratsch (onde fica uma geleira), Bernina Diavolezza, Bernina Lagalp, até chegar na estação Ospizio passando pelo Lago Bianco e Lago Negro (Lej Nair). Em Alp Grüm, onde é possível ver de forma bem ampla o Glaciar Palu no Lago Homônimo, a mais de 2.300 metros de altitude. Depois o trem passou pelo Lago de Poschiavo, bem no meio do Vale de Poschiavo que fica entre duas vilas de imensa beleza: a Villa di Miralago e a Villa La Prese. Um dos pontos altos do passeio é quando trem se aproxima do Viaduto Circular de Brusio.


 

Mesmo tendo algum passe de transporte, é necessário realizar a reserva do passeio, pagando uma taxa. Vale a pena pagar pelo Bernina? Nossa opinião sincera: fizemos o trajeto de Chur a Tirano no inverno e o percurso é realmente lindo. O vagão do trem é muito confortável e durante o passeio há explicação sobre os lugares conforme vamos avançando. Porém como foi nosso último passeio na Suíça e percorremos várias rotas de trem pelo país, inclusive no meio dos Alpes Suíços, não tivemos aquele sentimento de “nossa que espetacular”. Pode ser que no verão a percepção seja outra.  


 

Assim finalizamos nossos dias na Suíça! Esperamos que tenham gostado das dicas e informações! Continue o nosso roteiro pela Europa clicando aqui! Nossa próxima parada é em Milão na Itália: vamos fazer um belo passeio pelo Lago de Como!

 

Beijos

Paula e Gabe

 

Assista nossos dias na Suíça em detalhes (mostrados ao vivo pelos stories do Instagram):

[ Parte 1 ZURIQUE ]

 

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::: Leia um breve resumo sobre a HISTÓRIA DA SUÍÇA. Adoramos conhecer o contexto histórico dos locais que visitamos!


A Suíça é uma república federal composta por 26 estados, chamados de cantões, com a cidade de Berna como capital (Zurique é a capital financeira). Sua formação iniciou em 1290 com a chamada Confederação Helvética (por isso é que os sites suíços têm a extensão ch); uma aliança entre as três comunidades dos vales nos Alpes Centrais que ficaram esquecidos pelos duques e reis: Uri, Schwyz e Unterwalden.


A região da Suíça passou nas mãos dos romanos, germânicos, e dos poderosos Habsburgo da Áustria. Por conta desta pluralidade, as diferentes línguas faladas obrigaram a criar um nome único em latim, língua maioritariamente falada na Europa naquela época. Por isso, o termo Helvética vem da palavra latina Helvetier referenciado o nome da antiga tribo celta dos Helvécios que os romanos antigos encontraram no planalto cercado que montanhas que hoje forma a Suíça.

 

Esta aliança inicial foi progressivamente aumentando com a adesão das cidades de Lucerna, Zurique, Berna, Glarus e Zug, ficando conhecida em alemão como Acht Orte (Oito lugares). A confederação aumentou a sua influência nas cidades vizinhas e outras regiões, e a expansão dos territórios continuou através da compra de alguns direitos judiciais, pactos e também através da conquista militar.

 

As Guerras da Borgonha permitiram um novo alargamento da união com a adesão Friburgo e Solothurn. Na Guerra dos Suabos contra o imperador Maximiliano I, os Suíços saíram vitoriosos e como resultado direto do conflito, Basel e Schaffhausen se juntaram a confederação. Appenzell entrou em 1513 como o décimo-terceiro membro. Esta federação de treze cantões (Dreizehn Orte) constituiu a antiga confederação suíça, até a invasão das tropas napoleónicas e de Berna em 1798.

 

Durante as Guerras Napoleônicas a Suíça foi completamente invadida pelos franceses e a Confederação Suíça teve seu colapso. Em 12 de Abril de 1798 as forças de ocupação estabeleceram a aristocracia em Genebra, com um estado centralizador baseado nas ideias da Revolução Francesa e proclamaram a República Helvética, "Una e Indivisível", acabando com a soberania dos cantões e os direitos feudais. A implantação do novo estado falhou e a instabilidade na república atingiu seu ápice em 1803. Napoleão percebeu que o sistema de República nunca seria viável e criou a Ata de Mediação e estabeleceu seis novos cantões.

 

Em 1815 após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo, a Suíça regressou ao Antigo Regime de sistema federal. Os seis cantões da Ata de Mediação receberam o estatuto de estados livres e Neuchâtel e Genebra voltaram a entrar para a confederação após terem sido anexados pela França. Em 1848 Suíça passava a ter 22 cantões com as fronteiras iguais às da atualidade. Há lembranças da República Helvética na Suíça moderna, como certos aspectos de alguns cantões e constituições.

 

Nos tempos atuais, o termo Helvetia não é utilizado para caracterizar oficialmente a Suíça e segundo a carta das denominações de países da Suíça, o país é nomeado oficialmente como Confederação Suíça e explicita que deve ser evitado o uso de todas as palavras com prefixo helveto.

 

A Confederação Suíça atual é constituída por 26 cantões e quatro principais regiões linguísticas e culturais: alemão, francês, italiano e romanche. Por essa pluralidade, os suíços não formam uma nação no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. O forte sentimento de pertencer ao país é fundado sobre o histórico comum, valores compartilhados de federalismo, democracia direta e neutralidade (não esteve em estado de guerra internacionalmente desde 1815) e pelo simbolismo Alpino. É um dos países mais ricos do mundo e Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo.

 

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